Colecionáveis, mas não escondidos! Postais que enfeitam paredes

Imagem: Estúdio Reutlinger, Paris, 1900/1915 (https://www.resumofotografico.com/2017/03/mostra-em-sao-paulo-reune-cartoes-postais-antigos.html)

Há não muito tempo atrás, a troca de correspondência pelo correio era a única forma de contato entre pessoas que estavam em locais distantes. E isso incluía os cartões-postais, usados principalmente nas viagens, quando as pessoas partilhavam parte de sua experiência com a família e os amigos.

Tudo começou com um professor austríaco que, buscando funcionalidade e economia, bolou um cartão do tamanho de um envelope, feito de papelão fino, com espaços reservados para o selo impresso, a mensagem e o endereço.

De início, os postais não tinham ilustrações, mas sua popularidade aumentou muito no início do século XX, quando passou a adotar a fotografia e outros processos de reprodução. Era a belle époque, um tempo de euforia quanto ao progresso e aos avanços científicos e tecnológicos. Naquela época colecionar postais tornou-se moda e, se hoje eles permanecem com a aura de colecionáveis, para nós são objetos de afeto, que não devem estar em caixas ou gavetas.

Por isso, pensamos em uma maneira interessante de exibir dois lindos cartões-postais de nosso Acervo, ambos do início do século XX. Além de toda a qualidade (os cartões perduraram mais de cem anos!), há um charme todo especial nas belíssimas caligrafias dos remetentes, nos registros antigos – quando ano era escrito com dois “enes” e um “cavalheiro” endereçava uma correspondência a uma “mademoiselle” – e no conteúdo da mensagem (como terá sido o ano de 1905 da senhorita Alice?).

Escolhemos belos porta-retratos para preservar os cartões. A madeira remete ao passado e o vidro protege, permitindo a apreciação das imagens. Prático, estético, diferente e afetuoso.