A porcelana brasileira tem história!

Na coleção dedicada à Primavera, trazemos peças antigas de importantes fábricas de porcelana brasileiras: Renner, Real e Schmidt.

E não dá para falar da porcelana, no Brasil, sem falar de Mauá, cidade da Região Metropolitana de São Paulo que, com uma junção de boa argila e mão de obra barata se transformou na capital brasileira da porcelana até meados do século 20. Para mencionar algumas, floresceram na cidade a Fábrica de Louças Viúva Grande e Filhos, a Paulista (aberta por um grupo de imigrantes italianos que trabalhava na Grande), a Fábrica Nacional de Artefatos de Porcelana Brasilusa, a Santa Helena, a Cerqueira Leite, a Porcelana Mauá e a Porcelana Real (que, mais tarde, foi adquirida pela Porcelana Schmidt).

A história conta que a porcelana fina foi introduzida no Brasil por Fritz Erwin Schmidt, que havia sido enviado por um tio à Alemanha em 1929, com apenas 16 anos, para fazer um curso de engenharia cerâmica. Em 1943, de volta ao Brasil, Fritz Schmidt fundou, com um conjunto de empreendedores, a Porcelana Real S/A.

Em 1945, os irmãos de Fritz Schmidt fundaram a Porcelana Schmidt em Pomerode, Santa Catarina. E, em 1948, a família decidiu unir esforços e adquirir o controle da Real, fundindo as duas fábricas.

Sobre a Renner, temos poucas referências. Sabemos que a fábrica era sediada em Porto Alegre e que ingressou no ramo de porcelanas na década de 1950, com peças decoradas com renda, um estilo trazido da Alemanha. Eram principalmente bibelôs de damas, bailarinas e cavalheiros que possuíam detalhes em tule porcelanizado.

Para conhecer as belas peças –da Real, da Schmidt e da Renner – nossa dica de pesquisa é o site https://www.porcelanabrasil.com.br/, “uma reunião de referências e informações encontradas em bibliografia, internet, museus, entrevistas com fontes primárias e extensiva pesquisa de campo desde o início de 2005 sobre porcelana e faiança brasileira”. O Fábio Carvalho, autor do site, o considera “um grande caderno de anotações aberto e gratuito”, referindo-se às mais de 500 páginas sobre a história das fábricas nacionais, e mais de 6.000 fotos de marcas e peças de faiança e porcelana.

A foto que ilustra esse post é de uma fábrica no início do século, em Mauá.

Crédito da foto: https://www.portalopiniaopublica.com.br/ler-coluna/323/historia-memoria-nossa-maua-ontem-e-hoje.html

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