O colecionismo é, em essência, o hábito de juntar coisas que possuem propriedades ou características comuns. Embora possa ser definido em poucas palavras, os pesquisadores nos ensinam que o ato de colecionar embute uma complexidade muito maior: a preocupação de classificação e de repetição dos objetos garante ao homem um sentido de permanência, de existência no mundo, do ambiente à sua volta e dele próprio.
Quem já se debruçou sobre a questão garante: é difícil desenvolver uma teoria sobre colecionismo porque não há uma única motivação para se colecionar e nem um único significado para o prazer de se fazer uma coleção.
Mas, um dos caminhos aponta que colecionar tem a ver com a construção e a preservação do passado. O colecionador adquire e retém objetos para relembrar os momentos agradáveis pelos quais passou; a nostalgia despertada pelo contato com o item colecionado nos permite reconstruir e reviver o passado.
E que lugar mais privilegiado para unir o passado, a nostalgia e as memórias agradáveis do que a casa dos avós? Quem já não começou uma coleção – ou incrementou uma que já tinha – com peças que vieram de lá? Uma xícara, uma foto, um brinquedo, uma peça de cristal, uma embalagem…
Às vezes só nos apoderamos dessas peças e memórias depois que nossos avós se foram; assim, lançamos o desafio: vá à casa dos seus avós e pegue algo que você ame.
Como dica de leitura, “Ter e manter: uma história íntima de colecionadores e coleções”, de Philipp Bloom, publicado pela Editora Record em 2003.
Créditos da imagem: https://www.decoist.com/2012-05-25/creative-tips-for-displaying-collections-with-style/showing-collections-in-style/?chrome=1
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